Interação e diversão marcam carnaval promovido pelo Ciadi
Por Pedro Emmanuel Goes / com informações do Núcleo de Comunicação Interna da Alece
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Crianças, famílias e equipe do Ciadi participaram da atividade lúdica de Carnaval – Foto: Marcos Moura / Alece
O Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi), órgão de inclusão da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), celebrou o Carnaval com as crianças e famílias acompanhadas pela entidade nesta quarta (26/02) e quinta-feira (27/02).
Com decoração temática e ao som de marchinhas, a equipe do Ciadi, as crianças e famílias caíram na folia e aproveitaram o bailinho de Carnaval, que proporcionou um momento de descontração e diversão com direito a confetes e serpentinas.
Vestida a caráter, com acessórios e purpurina, a terapeuta ocupacional do Ciadi Luisa Savir reforçou que o Carnaval, época festiva relacionada à alegria e diversão, é sinônimo de inclusão no Ciadi.
“É um momento de interação porque o Carnaval faz parte da cultura brasileira e eles são brasileirinhos. Com o bailinho de Carnaval, proporcionamos inclusão e diversão e mostramos para os pais que as crianças precisam estar inseridas e vivenciar essas atividades lúdicas”, explica a profissional.
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O bailinho de Carnaval encantou crianças, famílias e terapeutas – Foto: José Leomar / Alece.
INTEGRAÇÃO E DIVERSÃO
Para Roberto Leite, pai do João Roberto, de 12 anos, as festinhas temáticas ofertadas pelo Ciadi proporcionam um momento de terapia, inclusão e integração das crianças.
“Mais do que um bloquinho de Carnaval, essa ação é uma forma de integrar os meninos e de trazer esse lado da terapia que é mais divertido, festivo e brincalhão. Então, eu acho que esse é o diferencial realmente do Ciadi, proporcionar esses momentos mais lúdicos. A ludicidade é uma ferramenta importante para o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down e transtorno do espectro autista (TEA), ajudando a desenvolver habilidades sociais, cognitivas e emocionais”, avaliou.
Roberto Leite destacou que seu filho é atendido pelo Ciadi desde a criação do Centro, em 2020, quando o projeto tinha o nome de ” Mundo Azul” e foco apenas no atendimento de crianças com TEA.
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João e o pai Roberto durante a atividade lúdica do Ciadi – Foto: Marcos Moura / Alece.
Conforme frisou, o projeto ofertou um salto de desenvolvimento de seu filho, João Roberto. “O projeto deu um giro na vida, trazendo muitas melhorias na comunicação e no aprendizado. Claro que ainda existem muitos desafios, ele está chegando em uma fase da adolescência, que vai apresentar desafios novos também, mas se eu comparar o João de cinco anos atrás, quando ele começou, para agora, eu vejo um outro João Roberto, mais comunicativo, bem mais preparado, por exemplo, para os imprevistos, que ele tinha uma dificuldade muito grande de lidar com isso”, compartilha.
Dieny Pianaro, mãe de Gael Augusto, também reforçou que o bailinho de Carnaval é uma experiência de socialização. “É uma oportunidade que serve de experiência para quando eles forem expostos a ambientes externos. Aqui temos um ambiente controlado com som, fantasias e isso ajuda para que as crianças se adaptem para a vida lá fora e, quem sabe, possam enfrentar um bloquinho de Carnaval quando estiverem maiores”, disse.
Ela reforçou ainda que este foi o terceiro bailinho de Carnaval que o Gael participou no Ciadi. “Antes ele não aceitava fantasia nem adereço e, hoje, vem fantasiado da cabeça aos pés”, explica Dieny.
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Dieny Pianaro acompanha o desenvolvimento do filho Gael no Ciadi – Foto: José Leomar / Alece.
Acompanhado pelo Ciadi há cinco anos, Gael conquistou evolução na socialização e comunicação, relata a mãe. “Antes de conhecer o Ciadi, Gael não falava e nem se comunicava muito bem, não suportava ficar no mesmo ambiente que os colegas da mesma idade e hoje ele participa de esportes coletivos e do recreio no colégio. Aqui no Ciadi ele costuma participar dos momentos de integração e dos grupos para fortalecer o convívio e as relações interpessoais”, comenta.
SOBRE O CIADI
O Ciadi tem por objetivo oferecer atendimento a crianças de 2 a 12 anos e adolescentes até 16 anos com transtorno do espectro autista (TEA) e crianças de 2 a 7 anos com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) a dependentes dos servidores da Casa e comunidades do entorno.
O Centro oferece assistência especializada para o desenvolvimento das habilidades das crianças e dos adolescentes atendidos e conta com uma equipe multiprofissional que reúne assistentes sociais, enfermeiros, psiquiatras infantis, pediatras, neuropediatras infantis, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, psicopedagogas, psicólogas, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas e musicoterapeutas.
Edição: Geimison Maia
Fonte: Assembleia legislativa do Ceara