Dia Nacional dos Profissionais da Educação: conheça a jornada dos professores da Aesp

Ascom Aesp-CE – Texto e fotos

O Dia Nacional dos Profissionais da Educação é celebrado em 6 de agosto, anualmente, com o objetivo de homenagear o trabalho qualificado de homens e mulheres que se dedicam à transmissão do saber no ambiente escolar e que contribuem para a formação das novas gerações. A data é estabelecida pela Lei nº 13.054 em todo o Brasil.

Incontestavelmente, a educação é a principal ferramenta de transformação social e serve como base para o desenvolvimento de qualquer carreira que se almeja seguir. Por essa razão, é essencial reconhecer e valorizar todos os profissionais que se empenham em transmitir, ensinar e facilitar o acesso ao conhecimento, devido ao papel fundamental que desempenham na construção de um futuro melhor para a sociedade como um todo.

Coronel Edir Paixão

A data deste domingo serve para que nos lembremos de profissionais como o coronel Edir Paixão, do Corpo de Bombeiros Militar, que há 23 anos vem dedicando a vida ao magistério.

Licenciado em Física, começou sua jornada de ensino ainda na adolescência, ao ajudar os amigos da rua onde morava a estudar matérias como matemática e física. Docente do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros desde 2001, define a atividade da docência como prazerosa, mas também de muitas renúncias. “Muitas vezes pra você ensinar você tem que preparar sua aula, dedicar tempo pra estudar algum assunto que seja desafiador que você não domina. Então, existe um preço a se pagar também. É muito bom quando você encontra o prazer de ensinar, mas haverá momentos que você deverá ter a determinação de abdicar, de renunciar o tempo livre”, conta o coronel.

Com experiências de docência em outros países, o oficial conta que seu maior desafio foi aprender uma língua em 3 meses para poder ministrar algumas aulas na Universidade Católica de Cuyo, na Argentina. “Faltando três meses pra começarem as aulas, eu fui desafiado a ministrar em espanhol. Eu já tinha feito curso de italiano, de inglês e de francês, e com tanta responsabilidade assim, foi extremamente desafiador. Eu contratei uma professora particular que eu tive aulas seis dias na semana, só folgava no domingo. Assistia a um filme em espanhol, li livros, revistas em quadrinhos que fossem em espanhol para poder chegar a essas aulas e ter condições de poder falar daquele meu assunto nessas aulas”.

Na segurança pública, o oficial tem desenvolvido trabalhos importantes como educador. Ele destaca a importância e a responsabilidade em formar profissionais que defenderão a vida da sociedade cearense. “O profissional de segurança pública vai ter que tomar decisões que podem custar a vida ou a morte dele e de outras pessoas. Então, existe uma responsabilidade gigantesca nessa educação, a educação – em geral – é muito relevante, mas quando a gente pensa em educar um profissional de segurança pública para atuar na rua com a segurança, eu estou tendo a oportunidade de preparar aquele profissional para quee ele consiga superar desafios enormes, que são os desafios da segurança pública, de ter que decidir sobre vida e morte em questão de segundos”, conta o professor.

Sargento Paula Maciel

Outra profissional que também se sente orgulhosa de fazer parte da carreira de muitos estudantes é a sargento Paula Maciel, da Polícia Militar, formada em Letras com licenciatura em Português e Espanhol.

Muito antes de ingressar na PMCE, eram as salas de aula que ocupavam seus dias. Ainda na faculdade, passou a ter experiências na docência. “Assim que eu me formei, assumi uma escola particular, também tinha participação em algumas atividades de tutoria dentro da própria UFC, eu era tutora de espanhol pela UFC e, com o decorrer do tempo, fui tentando o concurso e me tornei professora de português também da prefeitura municipal de Maracanaú”, conta Paula.

Ao ingressar na Polícia Militar, sempre teve o desejo de unir as duas atividades profissionais, vontade que foi realizada ao fazer parte da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará. “Atuar na educação da segurança pública pra mim é um sonho realizado, pois pude juntar minhas duas atividades. E é uma responsabilidade muito grande também. Aqui nós temos o papel de direcionar o profissional que está nascendo”, conta a policial.

Como professora que atuou também na rede pública de ensino, ela conta qual foi o seu maior desafio dentro da sala de aula. “O meu maior choque de realidade na foi ter que lidar com as diferenças no aspecto cognitivo, mas de entender que todo o contexto social e familiar também influência no processo de aprendizagem”.

Inspetora Aline Lima

Quem também compartilhou sua experiência na docência foi a inspetora Aline Lima. Formada em matemática, percebeu uma inclinação para o magistério ainda criança nas brincadeiras de escolinha. E sempre viu na educação uma forma de transformar o mundo.

“A educação liberta. Muda a vida das pessoas, muda pensamentos, mudas percepções e nós, educadores, temos esse papel fundamental de tornar a educação algo acessível a todas as pessoas”, conta a inspetora.

Professora de uma turma de educação para jovens e adultos por alguns anos, venceu o desafio de se descobrir dentro da sala de aula com pessoas de faixas etárias diferentes. “Eu me vi utilizando, em uma única aula, várias didáticas diferentes. Naquela sala havia pessoas com diferentes idades e diferentes objetivos. Então, eu tinha que traduzir a matéria da forma mais fácil possível, principalmente na minha área que é de exatas, para cada aluno tinha que entender a dificuldade de cada um. Em uma sala de aula comum eu tenho uma margem de aprendizagem coletiva, já numa sala de jovens e adultos, eu tenho uma margem individual, esse foi meu maior desafio”.

Como profissional de segurança, também encontrou na Aesp uma forma de unir suas duas paixões: a docência e a carreira policial. “São duas profissões essenciais na sociedade e, se hoje eu sou uma policial, é porque antes eu também tive professores que passaram pela minha vida. E poder formar profissionais na área da segurança pública é também muito gratificante. Então, eu valorizo muito essas duas profissões que eu considero como missão de vida”.

Perito Túlio Ítalo

Finalizando esse time de grandes profissionais da educação, vamos contar a trajetória do perito criminal da Pefoce, Túlio Ítalo.

Criado em uma família de professoras no interior do Ceará, desde o ensino médio atuava na sala de aula como auxiliar de seus professores nos cursinhos preparatórios para ingresso na Marinha e a partir daí despertou o interesse pelo magistério. “Eu sempre tive essa afinidade com matemática e com ciências naturais. Então, além de me ajudar financeiramente, essa experiência me deu a oportunidade de descobrir uma carreira pela qual eu tenho muito orgulho”.

Formado em Química pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e com mestrado e doutorado em outros países, também teve a experiência de atuar como professor em vários polos da UFC por todo o estado do Ceará e também em várias outras universidades, além de diversos cursos. “A minha formação em Química me permite transitar em alguns cursos da saúde e de exatas e isso é ótimo, porque tenho a oportunidade ensinar a públicos diferentes. Essa experiência de conhecer vários polos da UFC no Ceará, também me proporcionou nos últimos anos ver o avanço da educação por todo o estado, o acesso à internet através do Cinturão Digital e isso é muito gratificante”, conta o professor.

Atuar na docência da segurança pública é sua grande paixão. Ele considera essa atividade um processo de transformação profissional para ele e para os alunos. “Quando eu entrei,  consegui entender esse processo, é uma construção. E eu entrei numa disciplina de metodologia da pesquisa, que é o alicerce. E, na disciplina de metodologia, nós partimos da base ali de lapidar o aluno. Então, você receber um tenente-coronel que foi a vida toda trinta anos de operacionalidade. E trazer pra ele o meu acadêmico a leitura de um artigo, discutir uma temática científica que pode trazer benefícios, de propor ele está produzindo ciência. Então, aquilo muda, muda a educação, ela muda as pessoas. O nosso propósito é transformar tanto trazendo beneficio para a segurança, que é importante, essa é uma meta, mas também transformar a parte o profissional”, finaliza Túlio.

Fonte da matéria:https://www.ceara.gov.br

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