Ciadi encerra o ano com devolutivas para as famílias

Por Davi Holanda/com Assessoria

Reunião dos profissionais do Ciadi com famílias das crianças e adolescentes acompanhados – Foto: Bia Medeiros

A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), por meio do Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi), finalizou o ano de 2023 com uma semana de devolutivas para as famílias das crianças e adolescentes acompanhados. 

O orientador de Célula do Ciadi, Bráulio Teixeira, explica que, a cada final de semestre, a equipe de profissionais se reúne “para discutir as metas e os objetivos que foram alcançados” ao longo do período. 

“É um momento de troca entre os terapeutas e as famílias, um momento único. As famílias ficam com a equipe terapêutica da criança discutindo as metas, objetivos para o próximo ano e fazendo uma retrospectiva dos objetivos que foram alcançados, assim como aqueles que não foram alcançados, tentando encontrar lacunas, o que permite planejar para que no próximo ano as atividades sejam mais efetivas”, explica. 

Nestes momentos de devolutiva, são ainda traçados compromissos entre equipe e famílias, que precisam estar envolvidas e dispostas a contribuir com o processo terapêutico. O orientador aponta que o processo “também tem que fazer sentido para a família”.

Ao longo do ano, as crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e crianças com trissomia 21 (síndrome de Down), são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, a partir das demandas individuais, com foco na promoção do desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social.

O Ciadi conta com uma equipe de profissionais do serviço social, enfermagem, psiquiatria, pediatria, neuropediatria infantil, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicopedagogia, psicologia, fisioterapia, educação física, musicoterapia e nutrição. 

O envolvimento da família no acompanhamento terapêutico e atividades propostas é essencial ao longo de todo o ano e, nas devolutivas, essa conexão fica ainda mais evidente e fortalecida a partir da troca de experiências e impressões.

Trabalho do Ciadi envolve toda a família – Foto Bia Medeiros

CUIDADO E CONEXÃO O ANO INTEIRO

Um diferencial do Ciadi é a acolhida e suporte às famílias por meio de terapia individual com profissional da psicologia da família e participação em terapias de grupo, que são momentos de cuidado na rotina.

No final de novembro, por exemplo, ocorreu o encerramento de um dos grupos de cuidado com as famílias do Ciadi. A psicóloga Renata Soares explica que o encontro foi “um momento de troca para ter a possibilidade de fazer uma retrospectiva do nosso crescimento interior, nosso crescimento psíquico, nosso fortalecimento psíquico, o que a gente tava identificando como evolução e melhorias individuais ao longo desse ano de 2023”, aponta.

A profissional comenta que “dentro do contexto de cuidado dos pais, das terapias e grupos, nós tivemos também muitos avanços, e esse cuidado com a família é fundamental para uma boa evolução dentro do tratamento da criança”. Assim, o encontro foi de celebração e troca sobre o crescimento de cada um nos diversos papéis, como o de mãe, pai, profissional, entre outros. 

Uma participante dos grupos é Kathya Rodrigues, mãe do Kayo Vitor, de 7 anos. Ela destaca a importância e acolhimento do trabalho realizado pela área de psicologia com as famílias. 

“O projeto reconhece que as mães não só cuidam, como também precisam ser cuidadas. Se a gente está bem cuidada, cuida do emocional, então a gente externa. A gente vai ser uma cuidadora melhor. Então esse eu acho que foi o diferencial do Ciadi”, compartilha.

Kathya explica ainda que o diagnóstico do filho “caiu de paraquedas” e a família não sabia bem o que era e o que fazer, o que fragilizou o emocional, por isso, o apoio no Ciadi fez e faz muita diferença. “Eu sou imensamente grata, imensamente feliz e agradecida por tudo aquilo que a gente tem no Ciadi”, afirma. 

Após o recesso de fim de ano, os profissionais do Ciadi retornam para o planejamento de 2024 a partir de 15 de janeiro, com acolhida e realização de atividades destinadas às crianças, adolescentes e famílias, além de atendimentos terapêuticos.

Edição: Clara Guimarães

Fonte da matéria:https://www.al.ce.gov.br

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