Atuação da Outra Casa Coletiva junto a jovens LGBTQIA+ é celebrada na Alece

Foto: Marcos Moura

Texto: Divulgação

Os três anos de atuação no Ceará da Outra Casa Coletiva foram celebrados nesta segunda-feira (05/06) durante sessão solene no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará.

A deputada Larissa Gaspar (PT), autora do requerimento que propôs a homenagem, destacou a autuação da instituição no acolhimento dos jovens LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade em Fortaleza. 

“Reconhecer o trabalho de articulação, resistência, e persistência, muitas vezes com lágrimas e suor é um momento de alegria. Ver a história de transformação que a Outra Casa vem realizando ao longo dos últimos três anos, uma experiência que deu certo e que continuará dando certo, graças ao trabalho bonito do corpo de voluntários, pessoas que se dedicam desde o atendimento, acolhimento, à assessoria jurídica, à saúde até o ingresso no mercado de trabalho”, afirmou.

A parlamentar disse que a população LGBTQIA+ convive com a negação de direitos em todas as fases da vida, desde o ambiente familiar, passando pela escola, mercado de trabalho, até no momento da morte quando a pessoa tem a existência negada e recebe, no fim da vida, o nome que não se reconhece.               

Larissa Gaspar informou que o Ceará avançou muito na defesa da população LGBTQIA+, mas ainda é preciso lutar para acabar com as mortes desse segmento. “Hoje a expectativa de vida de uma pessoa LGBTQIA+ é de apenas 35 anos de idade, quando a expectativa de vida do brasileiro em geral chega aos 85 anos. Então, é motivo de comemoração quando um jovem chega aos 36 anos de idade”, pontuou. 

 Ari Areia, fundador da Outra Casa Coletiva, diz que cerca de 500 pessoas já foram atendidas pela instituição – Foto Marcos Moura

O fundador da Outra Casa Coletiva, Ari Areia, agradeceu a homenagem em nome dos homenageados. Ele disse que é militante dos direitos humanos das pessoas LBGT há cerca de 15 anos. “Hoje a Outra Casa, que nasceu durante a pandemia, é o projeto da minha vida. Ao longo desses três anos, a gente conseguiu atender cerca de 500 pessoas. E quando a gente reencontra essas pessoas e encontra essas pessoas vivas, sonhando, fazendo planos, são pessoas que encontraram um sentido para a vida. São vidas que estão sendo vividas”, destacou.

Michele Meira, secretária da Cidadania e da Diversidade Sexual do Ceará, ressaltou as ações que a secretaria em feito para inserir a população LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Ela disse que ainda é preciso avançar mais no sentido de empregabilidade, com o fortalecimento das ações já desenvolvidas para o mercado de trabalho, mas também é preciso abrir espaços na área da cultura e que para isso a Secretaria da Cultura do Estado precisar lançar editais específicos para a população LGBTQIA+. 

Além de Ari Areia, fundador da Outra Casa Coletiva, foram homenageados com a entrega de certificados; a co-fundadora da Outra Casa, Renata Gois; a procuradora do Ministério Público do Trabalho no Ceará, Ana Valéria Targino de Vasconcelos; Gioconda Aguiar, coordenadora do Mães da Resistência no Ceará; e Caio Xavier, representando os acolhidos da Outra Casa Coletiva.

Também participaram da solenidade, a coordenadora da Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Andréa Rossati; a secretária Executiva da Defensoria Pública do Estado do Ceará, Flávia Maria Andrade Lima; a secretária da Juventude do Ceará, Adelita Monteiro; o secretário executivo da Juventude, André Marinho, além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará e convidados ligados ao movimento LGBTQIA+. 

Fonte da Matéria;https://www.al.ce.gov.br

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