Covid: com leve aumento de casos, CE recebe vacinas para bebês de 6 meses a 2 anos com comorbidades
Estado recebeu 45 mil doses do imunizante; pais e responsáveis devem comprovar condição de saúde da criança
Foto-Reprodução
O Ceará recebeu, na última quinta-feira (10), o primeiro lote de 45 mil vacinas da marca Pfizer exclusiva para crianças de 6 meses a 2 anos de idade. Esse grupo foi o último a ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguardava a chegada de imunizantes há quase dois meses. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, apenas crianças com comorbidades deverão ser beneficiadas neste primeiro momento. A equipe técnica da Agência explicou que as informações estudadas e avaliadas por cerca de um mês indicam que “a vacina é segura e eficaz” para crianças entre 6 meses e 4 anos de idade.
A novidade ocorre durante um cenário de alerta: após um longo período de baixa, o Ceará vem tendo aumento sutil de novos casos de Covid-19 há quatro semanas, ao mesmo tempo em que registra crescimento na positividade de testes para a doença entre a população geral.
Na semana passada, foram confirmados 164 casos. No período imediatamente anterior, foram 70. Os dados são da plataforma IntegraSUS, da Sesa, e estão sujeitos a alterações conforme mais diagnósticos sejam liberados.
Além disso, atendimentos relacionados à Covid em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza também crescem há 3 semanas. Na semana passada, foram 1.148, contra 936 da semana anterior.
Contudo, para o médico João Cláudio Jacó, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações no Ceará (SBIm-CE), esses números podem ser maiores devido a um relaxamento das medidas de proteção contra a doença. “Não há dúvida que deve existir um grande número de subnotificações, principalmente entre crianças”, aponta.Estamos observando um aumento do número de casos da doença. Precisamos manter a vigilância e monitoramento pois é importante para que, baseados no cenário epidemiológico, possamos definir as melhores condutas em relação às medidas sociais a voltar a adotar, caso necessário.JOÃO CLÁUDIO JACÓVice-presidente da Sbim-CE
Embora os números fiquem bem abaixo dos registrados em períodos anteriores, os especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste já relatam o risco de uma quinta onda de infecções no Estado, devido à propagação da nova subvariante BQ.1 da Ômicron.