Lula inaugura viaduto Roza Cabinda e anuncia novos investimentos em Juiz de Fora (MG)
O DNIT foi responsável por 80% dos investimentos de aproximadamente R$ 20 milhões. Foram assinadas ainda ordens de serviços para início de obras na BR-267/MG e BR-499/MG
Agência Gov | Via Planalto
Governo Federal foi responsável por 80% dos investimentos, que somaram aproximadamente R$ 20 milhões
Nesta sexta-feira, 28 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da inauguração de uma das maiores intervenções viárias já realizadas em Juiz de Fora (MG), com o intuito de ligar a Zona Leste da cidade ao Centro, evitando a passagem em nível da Rua Benjamin Constant sobre a linha férrea — e aliviando os congestionamentos causados pela circulação do trem.
O viaduto Roza Cabinda começou a ser construído em maio de 2023, por meio de convênio entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Prefeitura de Juiz de Fora. A autarquia federal foi responsável por 80% dos investimentos, que somaram aproximadamente R$ 20 milhões.
Ao enfatizar o impacto duradouro da obra na economia local — e o ambiente propício ao desenvolvimento econômico — o presidente Lula destacou a geração contínua de empregos. “Quero que a economia cresça, que o salário cresça, que a renda cresça. Porque somente o trabalho dignifica o ser humano. Quando a gente vai ao comércio, o comércio cresce, gera mais empregos, emprego gera mais salário, salário gera mais consumo, consumo gera mais empregos. E é isso que eu quero para o país, todo mundo vivendo bem, todo mundo ganhando bem”, pontuou.
Com a liberação do trânsito sobre o viaduto, que tem 360 metros de extensão e uma alça de acesso à Avenida Francisco Bernardino, o DNIT elimina a passagem de nível e garante maior fluidez ao trânsito da área central. Com isso, a Benjamin Constant torna-se uma rota mais rápida entre a região Leste e o Centro.
“Entregamos hoje o Roza Cabinda, um viaduto de R$ 20 milhões. Mas nós temos um outro, que vai levar também o nome de uma outra mulher, chamado Viaduto Mariana Procópio — um projeto de R$ 16 milhões, que a Prefeitura está ultimando os trabalhos e nós também vamos financiar para continuar melhorando a infraestrutura de Juiz de Fora”, adiantou o ministro dos Transportes, Renan Filho.Presidente Lula visitou a obra e cumprimentou trabalhadores envolvidos na construção – Foto: Ricardo Stuckert / PR
ORDEM DE SERVIÇO — Durante a cerimônia também foram assinadas duas ordens de serviço. Uma delas inclui o trecho de 107,5 quilômetros da BR-267/MG, que vai do entroncamento com a BR-040/MG, em Juiz de Fora, até o entroncamento com a BR-116/MG, em Leopoldina.
Essa estrada receberá um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, que serão aplicados em serviços de manutenção e conservação como recuperação do pavimento e da sinalização horizontal, bem como limpeza da pista e dos dispositivos de drenagem por um período de dois anos.
A outra ordem de serviço autoriza obras de conservação e recuperação de dois trechos: um na BR-267/MG (km 118,3 e o km 213,2) e outro na BR-499/MG (km 0 ao km 4,9). O investimento aproximado é de R$ 28,8 milhões, que serão aplicados em melhorias ao longo de dois anos.
A BR-267 possui quase 2 mil quilômetros de extensão e corta os estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A rodovia começa no município mineiro de Leopoldina e prossegue até a fronteira do Brasil com o Paraguai em Porto Murtinho (MS).
HOMENAGEM — O nome do viaduto inaugurado nesta sexta homenageia uma das primeiras mulheres escravizadas a conquistar sua liberdade na justiça em Juiz de Fora. Roza Cabinda era escrava do Comendador Henrique Halfeld e tinha direito à liberdade desde a promulgação da Lei Rio Branco, em 1871, mas só obteve sua alforria após anos de luta, até conseguir comprá-la em negociação envolvendo recursos judiciais.
Considerada um símbolo de resistência, organizações feministas juízes-foranas oferecem a medalha Roza Cabinda para mulheres que contribuíram para o crescente avanço do município. “É o primeiro nome de mulher em algum viaduto de Juiz de Fora. Todos têm nome de homem. E este tem o nome de uma mulher negra. Uma trabalhadora doméstica, escravizada. Uma inovação. Ela lutou por dentro do sistema e ganhou. Uma história de coragem, uma história de luta, uma história que nos inspira”, explicou a prefeita, Margarida Salomão.
Por: Planalto
Fonte: Governo Federal