Prefeito Sarto entrega nova sede do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas no bairro Amadeu Furtado

Serviço promove acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes do uso abusivo de drogas, além de prestar assistência a seus familiares

sarto conversa com pessoas numa sala do caps
“Fico muito feliz quando tratamos sobre atenção à saúde mental. É uma demanda que no pós-pandemia se agravou no mundo”, destacou Sarto (Foto: Daniel Calvet)

Fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e ofertar espaços ainda mais acolhedores para os usuários e familiares atendidos em equipamentos voltados para a promoção da saúde mental. Com esse objetivo, o prefeito Sarto entregou, nesta terça-feira (03/10), a nova sede do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD), da Regional de Saúde 3, no bairro Amadeu Furtado.

“Fico muito feliz quando tratamos sobre atenção à saúde mental. É uma demanda que no pós-pandemia se agravou no mundo. Temos demandado um grande esforço para ampliar a nossa Rede de Atenção Psicossocial, dando assistência a famílias que têm um amigo, um parente, precisando de uma assistência psicológica, psiquiátrica, de uma abordagem profissional sobre a saúde mental”, destacou Sarto durante a entrega do equipamento.

A unidade fica próxima à antiga sede e conta com atendimento porta-aberta, de 8h às 17h, destinado a pessoas na faixa etária acima de 16 anos, com transtornos mentais graves e persistentes decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas.

O titular da Saúde, Galeno Taumaturgo, explicou como funcionará o atendimento aos dependentes na unidade. “O CAPS AD vem para atender pessoas dependentes, em sua maioria pessoas que tem um índice de recorrência muito alto. O CAPS se propõe a ajudar essas pessoas, inclusive nesta unidade temos a possibilidade de observação 24h. O que está sendo feito aqui é aumentar as oportunidades para que as pessoas tenham tratamento e possam se livrar do vício”, detalhou.

A entrega do equipamento contou com a participação dos vereadores e suplentes Michel Lins, Robério Sampaio, Moura Taxista, Emanuel Acrísio, Raimundo Filho, Nêga do Henrique Jorge e Professor Gerôncio. Também estiveram presentes os secretários Pedro França, Teka Lenz, e Didi Maravilha.

Ampliação

A nova sede amplia a capacidade de atendimento com a disponibilização de novos três consultórios. A unidade também possui salas de atividades coletivas e de convivência, farmácia, refeitório e posto de enfermagem, além de banheiros acessíveis, fortalecendo o cuidado com a população.

Durante a entrega, Mozart Sales, representante da secretaria Especial de Assuntos Parlamentares do Governo Federal, destacou o esforço conjunto dos entes públicos em melhorar a saúde no país, ressaltando a importância dos equipamentos em saúde mental.

“Parabéns ao prefeito e à população que ganha esse equipamento na área da saúde mental. A gente sabe que os atendimentos na área muitas vezes são destinados àquela classe que tem recurso para pagar a consulta de psicólogo ou psiquiatra. No momento em que se cria equipamento público desse, você garante que a população como um todo tenha acesso. Nós em Brasília estamos à disposição para continuar ajudando e estreitando muito fortemente a relação com estados e municípios do país inteiro”, afirmou ele.

Caps AD

O serviço possui uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, terapeuta ocupacional, médico clínico, médico psiquiatra, assistente social, enfermeiro e técnicos de enfermagem. Os atendimentos são realizados individualmente e também em grupos, por meio de atividades terapêuticas.

Os Caps AD propõem uma alternativa de tratamento com o adicto, reinserindo-o na comunidade, por meio de um acompanhamento que seja mais humanizado e centrado nas necessidades do indivíduo e integrando a família. Esse equipamento de saúde também busca evitar a discriminação e a marginalização da população atendida.

É o que conta Olga Viana, de 61 anos, que luta contra a dependência alcoólica desde 2010, além de quadros de depressão. Desde que começou a ser atendida no CAPS, a microempreendedora tem se mantido sóbria, e é muito grata ao trabalho dos profissionais da rede.

“Eu bebia muito, fumava muito, e não conseguia parar. Quando eu vim para o CAPS, comecei a frequentar as reuniões, a me tratar, tomar medicação e larguei a bebida e o cigarro. Eu não gosto de ficar muito tempo em casa, gosto de vir para cá, costurar, cantar, dançar, fazer as atividades. E esse espaço novo está maravilhoso, um céu. E o atendimento não tem igual, a gente é bem recebido, se a gente chega mal nos levantam. Aqui é uma família”, relata.

Desconstrução

Durante quase 30 anos, desde a implementação até a regulamentação dos Caps AD, a proposta de cuidado centrado no indivíduo foi tomando espaço e a mudança de visão da sociedade sobre essas pessoas também. Apesar de que, ainda hoje, o uso de álcool e drogas seja uma questão vista de forma estigmatizada, pois a maioria da população não compreende o vício como doença.

Um dos focos do trabalho dos Caps AD é a construção de uma nova rotina, um novo hábito, onde a bebida ou a droga em comunhão ou não de transtornos mentais não sejam mais um recurso para lidar com as emoções ou trazer sensação de bem-estar, além da conscientização dos familiares no tratamento de quem enfrenta essa problemática.

Rede de Atenção Psicossocial de Fortaleza

A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de Fortaleza é composta por 24 equipamentos, sendo 16 Centros de Atenção Psicossocial (seis gerais, três infantis e sete álcool e outras drogas), cinco unidades de acolhimento para dependentes químicos e três residências terapêuticas. Ao todo, a cidade conta com 701 profissionais de nível médio e superior que atuam na atenção psicossocial de Fortaleza.

A média de atendimentos mensais, em um período regular, é de 16,5 mil nos seis Caps Gerais, 8,5 mil nos sete Caps AD e 6,5 mil nos dois Caps Infantis. O último Caps infantil inaugurado pela Prefeitura de Fortaleza deu início a suas atividades em agosto de 2023, no bairro Bom Jardim.

CPDrogas

O Município conta ainda com o Centro Integrado de Referência sobre Drogas, vinculado à Coordenadoria Especial de Políticas sobre Drogas (COESD), que desenvolve projetos de inclusão social para reconstrução da vida das pessoas acolhidas na Raps.

Atualmente, três projetos estão sendo desenvolvidos juntos aos adictos e seus familiares. As atividades de inclusão social ocorrem através de oficinas terapêuticas de arte e cultura, redução de danos, capacitações em cursos profissionalizantes, e promoção de saúde através do esporte.

Fonte da matéria:https://www.fortaleza.ce.gov.br

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