Projeto Bem-Me-Quero inicia nova turma para desenvolvimento de mulheres

Foto: Máximo Moura

Texto:Divulgação

O projeto Bem-Me-Quero, parceria da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) com o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), iniciou, nesta terça-feira (11/04), mais uma turma para desenvolvimento da inteligência emocional e autoestima de mulheres egressas do sistema penitenciário. 

O lançamento do projeto aconteceu no Fórum Clóvis Beviláqua e teve participação de representantes do Legislativo estadual e do TJCE, além das participantes da turma que inicia atividades em 2023. A iniciativa começou em 2019, por meio de convênio firmado entre os dois órgãos, e é desenvolvida pelo Movimento das Mulheres do Legislativo Cearense (MMLC). 

Uma turma de mulheres acompanhadas pelo Núcleo de Apoio às Varas de Execução Penal (NUAVEP) participará de 10 encontros até o mês de junho, sempre no Fórum Clóvis Beviláqua. Esta é a quarta turma do projeto e a primeira a acontecer no fórum, uma forma de melhorar o acesso das participantes aos encontros.  

Ao longo do projeto, as mulheres trabalharão questões como a inteligência emocional, autoestima, comunicação, empoderamento e autorresponsabilidade.

Primeira-dama da Alece, Cristiane Leitão, destaca atuação do projeto Bem-Me-Quero – Foto: Máximo Moura

Cristiane Leitão, primeira-dama da Alece e presidente do MMLC, ressaltou que é uma honra e emoção o lançamento da quarta turma do projeto Bem-Me-Quero, que  realiza “um trabalho de autonomia e novo propósito de vida” por meio de um cuidado humanizado.

Ela destacou que o projeto representa o MMLC abraçando e cuidando das mulheres egressas, avaliando que o sucesso do Bem-Me-Quero permitiu que ele se tornasse uma referência também para as ações do TJCE e das varas de execução.  

A juíza da 2° Vara de Execuções Penais de Fortaleza, Luciana Teixeira de Souza, ressaltou a importância da parceria e da colaboração entre poderes em busca da paz social. Ela comenta que a iniciativa do Bem-Me-Quero também joga luz sobre as pessoas egressas do sistema penitenciário, que são invisibilizadas. 

Para Luciana Teixeira, as mulheres egressas sofrem duplo preconceito, encarando abandono e uma grande carga de dor, por isso a relevância da sensibilidade da Alece em ter um projeto focado nelas. 

“Vemos uma participação maior de mulheres, o que demonstra que elas querem, estão dispostas, e a gente, enquanto órgãos e instituições, precisa criar os meios e mecanismos para colaborar com esse processo de reinserção delas”, avaliou a juíza. 

ENCONTROS DE AUTOCONHECIMENTO

Os encontros serão mediados pela coach Viviane Vale, integrante do MMLC, que explica a importância do apoio emocional às mulheres egressas, focando no fortalecimento da autoestima e da identidade para contribuir com a reinserção delas na sociedade.

Ela comenta que, a partir da experiência do projeto, o Bem-Me-Quero foi ampliado com turmas para servidoras da Alece, mães de crianças atendidas pelo Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) e, em breve, também será lançada uma turma para artesãs do Estado. 

As turmas contam com um material produzido especialmente para o projeto pelo Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) com temáticas focadas no desenvolvimento pessoal. Durante o lançamento da quarta turma do projeto, Viviane Vale explicou como serão os encontros e compartilhou com as participantes que a autoestima é o valor que você dá a si mesma, como você se vê, abordando como isso tem relação direta com diversos aspectos da vida. 

Valdirene Teixeira participou de outra edição do Bem-Me-Quero e reforçou a potência do projeto para o desenvolvimento pessoal. Ela comentou como a oportunidade permitiu que ela entrasse em contato com questões pessoais que a fizeram entender que ela precisava mostrar seu valor.

Participando de outros projetos de reinserção do TJCE, Valdirene afirmou que se sente muito mais segura e entendeu também questões como autorresponsabilidade, além de se permitir novas chances. 

“Nada muda se você não mudar”, destacou ao encerrar sua fala para as participantes do novo grupo. 

Fonte da matéria:https://www.al.ce.gov.br

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