Quedas em idosos: entenda riscos, prevenção e saiba quando é necessário ir a uma emergência

Márcia Catunda – Ascom CCC e UPA – Texto
Márcia Catunda e Marko Ido – CCC e UPA e Hiane Braun – Casa Civil – Foto

Quedas podem acontecer em qualquer idade, mas os idosos podem ser especialmente mais prejudicados até com pequenos acidentes. Algumas doenças que acometem as pessoas de mais idade causam a redução da mobilidade ou do campo visual. Dessa forma, atividades simples como tomar banho ou fazer compras podem significar um risco maior para a saúde. Diante disso, adotar os procedimentos e cuidados necessários é fundamental para diminuir sequelas e até mesmo salvar vidas.

De acordo com o geriatra da Casa de Cuidados do Ceará, Rafael Pinheiro, no caso de queda, é preciso primeiro investigar se a causa foi por um fator de condição do próprio paciente (como casos de idosos frágeis com redução de massa muscular e fraqueza nos músculos) ou se foi devido a uma questão do ambiente (como um buraco em uma rua ou um remédio inadequado utilizado).

Ainda segundo o profissional, é preciso ter atenção principalmente em casos de fraturas para evitar maiores complicações no quadro de saúde e para averiguar a necessidade de procedimento cirúrgico. “Em todas essas circunstâncias há riscos ao paciente, inclusive no pré e no pós-operatório, por isso a importância do cuidado e prevenção. Uma fratura pode ocasionar uma perda de funcionalidade, piora de algum transtorno de humor que ele já tenha anteriormente, complicações cardiovasculares, entre outros riscos” , alerta.

É importante que o idoso tenha acompanhamento com profissionais de saúde para prevenir o risco de quedas e outros acidentes ou doenças

Prevenção de acidentes

Especialistas alertam: o ideal, claro, é evitar as quedas. Cuidados simples no cotidiano podem ajudar a prevenir acidentes, inclusive em casa. “É recomendado evitar deixar tapetes soltos pela casa, assim como fios; deixar o ambiente o mais iluminado possível; não deixar que animais de estimação durmam próximo à cama do idoso para evitar que ele tropece no animal, assim como não deixar brinquedos de crianças espalhados no chão e não usar saltos, chinelos e sapatos com sola escorregadia”, orienta.

O profissional reforça que, além dos cuidados com o ambiente, é importante também ter atenção aos cuidados clínicos. “É indicado levar o idoso a um oftalmologista pelo menos uma vez por ano para verificar como está a visão dele, além de haver acompanhamento com um geriatra que oriente sobre a questão de possíveis usos de medicamentos que podem causar tontura ou queda de pressão, assim como a prática de fisioterapia, atividade física e uma alimentação saudável para melhorar a massa muscular e ajudar no fortalecimento do corpo”.

Cuidados rotineiros em casa podem evitar o risco de quedas em idosos

UPAs realizam atendimentos a idosos vítimas de quedas

Em caso de queda, uma das orientações é levar o idoso a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. A gravidade do risco determina a agilidade com que o paciente será atendido. No momento de chegada, o paciente passa por um cadastro em que há classificação de risco, em seguida ele é levado ao consultório médico e fica em observação ou aguardando transferência para unidade hospitalar, quando indicado.

As UPAs prestam um serviço especializado, respeitando o grau de priorização do atendimento por gravidade de cada caso, aferido através de um sistema de classificação de risco executado por profissionais de nível superior em enfermagem, garantindo, assim, a precisão desta avaliação.

Em caso de queda, é recomendado levar o idoso a um serviço de emergência, como uma UPA

“Queda em idoso é considerada uma urgência, principalmente se houver algum edema ou dor devido à queda, pois será necessário investigar se há algum trauma. Além disso, sintomas como sonolência, náuseas, vômito, sangramento ou até mesmo desmaios também devem ser monitorados, por isso é preciso levar o idoso a um serviço de emergência o mais rápido possível”, explica Cinthia Rocha, coordenadora do serviço médico da UPA Messejana

A classificação de risco é baseada no “Protocolo de Manchester”, que permite a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso. “Diante disso, idosos são atendidos primeiro, de acordo com a classificação recebida. Por exemplo, se o idoso é classificado como verde, ele será atendido como prioridade, dentro das pessoas classificadas como verde. Os classificados como amarelo e laranja, irão ser atendidos primeiro, independente da idade, devido à urgência ser maior” esclarece Patrícia Santana, diretora de cuidado e saúde das UPAs geridas pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).

As UPAs também adotam um protocolo de prevenção de quedas nos idosos que estão internados. Nele, o paciente é classificado diariamente em uma escala relacionada a um possível risco de queda. A ideia é prevenir acidentes e proporcionar maior segurança a ele.

Fonte da matéria:https://www.ceara.gov.br

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