Referência em acesso e qualificação, programa Temporada de Arte Cearense (TAC) do Governo do Ceará transforma vidas pela cultura
Ascom Secult Ceará – Texto e Fotos
Prestes a completar dez anos de implantação, política pública diversifica o apoio a espaços culturais independentes do Ceará e democratiza o acesso às programações artísticas e culturais dos cearenses
Em 2025, a Temporada de Arte Cearense (TAC) completa a primeira década de contribuição à sociedade. Este marco temporal ilumina como a política pública cultural do Governo do Ceará transforma vidas pelo acesso a programações artísticas e apoio ao trabalho de espaços culturais independentes do estado.
Ao longo de cinco edições, a iniciativa da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), adequou-se às contínuas dinâmicas do setor. Uma trajetória alinhada à democratização dos recursos investidos e linguagens artísticas participantes. Ao gerar ocupação e renda, movimenta a cadeia produtiva de trabalhadores e trabalhadoras da cultura.
Criado inicialmente como um programa de ocupação artística da programação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMac), o edital rompeu fronteiras. A partir da edição 2022, a iniciativa fomentou a realização de projetos nos equipamentos da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (Rece) e espaços culturais independentes.
Lançado em setembro de 2023, a “Temporada de Arte Cearense – Redes de Criação 2023/2024” inaugurou outro momento nestes nove anos de atividade da TAC. O edital destinou-se exclusivamente ao apoio de espaços de cultura independentes. Sendo 50% dos recursos empregados em atividades culturais do interior do Ceará.
O investimento de R$ 990 mil viabiliza a programação de instituições, grupos e coletivos de culturais autônomos durante o período de cinco meses. 36 espaços de 11 municípios cearenses foram selecionados. Além de Fortaleza, o apoio circula por Pacajus, Maracanaú, Pindoretama, Varjota, Sobral, Juazeiro do Norte, Quixadá, Itapipoca, Guaraciaba do Norte e Crato.
Cultura pensada em rede
Os espaços selecionados garantiram um investimento proporcional ao público atendido. 18 instituições (com atendimento de até 200 pessoas por mês) recebem investimentos de R$ 450 mil. Outras 18 (com capacidade acima de 200 pessoas por mês) contam com recursos da ordem de R$ 540 mil.
Os espaços que recebem até 200 pessoas são apoiados em R$ 25 mil. O recurso para cinco meses de programação são pagos em três parcelas respectivas de R$ 10 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil. Lugares com atendimento superior a 200 pessoas são fomentados em R$ 30 mil. A quantia também se destina para cinco meses de atividades culturais e são distribuídos em parcelas de R$ 12 mil, R$ 12 mil e R$ 6 mil.
A partir deste edital é possível o mapeamento destas iniciativas pelo estado e a oferta de formações para seus gestores e participantes. Alinha-se também a troca de experiências destes lugares com os equipamentos mantidos pela Secretaria da Cultura dos cearenses.
“A Secretaria da Cultura do Ceará, em parceria com o Instituto Dragão do Mar, abraça a missão de incentivar, acompanhar e ampliar conexões entre a produção artística cearense e o público, além de fortalecer a existências de espaços culturais e de coletivos de arte que são importantes centros culturais em seus territórios. As potencialidades dessas redes de criação que formam a TAC se ampliam com o apoio do estado, e quem ganha com isso, são os cearenses”, afirma a secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela.
Descentralização e conexão
Segundo dados do IDM, 462 programações entre janeiro e maio de 2024 estão previstas nesta edição da TAC. O público estimado para essas ações culturais é de 34.700 pessoas.
“Os espaços independentes são fundamentais para a vitalidade do cenário cultural. Por isso, o investimento de quase um milhão de reais é mais do que um incentivo financeiro – é um reconhecimento do poder e importância desses produtores independentes da área em ampliar a oferta, mediação e diversidade cultural para os vários públicos”, avalia a diretora-presidente do Instituto Dragão do Mar (IDM), Rachel Gadelha.
O edital também atribuiu pontuações extra a espaços que contemplam a presença de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, mulheres, LGBTQIAPN+, povos originários/indígenas, população negra, populações nômades e comunidade cigana, quilombolas, comunidades tradicionais de matriz africana e/ou afrobrasileira, e propostas que atendam, em seus públicos, a diversidade e/ ou grupos historicamente invisibilizados ou em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Espaços independentes apoiados na “Temporada de Arte Cearense – Redes de Criação 2023/2024”
Interior e Região Metropolitana
Guaraciaba do Norte
Ponto de Memória Terreiros e Quintais de Afetos
Itapipoca
Casa de Teatro Dona Zefinha
Galpão da Cena
Ponto de Cultura Recanto dos Encantados
Juazeiro do Norte
Associação Dos Voluntários Para o Bem Comum (AVBEM)
Associação Dança Cariri (ADC)
Crato
Casa Ninho
Casa Ucá
Terreiro das Pretas
Pacajus
Centro Cultural Maloca dos Brilhante (CCMB)
Pindoretama
Museu Brinquedim
Quixadá
Centro de Treinamento – Espaço de Capoeira Arte Liberdade
Sobral
Casa 4 Portas na Mesa
Casa Casulo Cultural
Cine Percepções
Varjota
Casa de Arte CriAr
Maracanaú
Apê Cultural
Grupo Garajal
Fortaleza
Associação Cultural Afro Brasileiro Pai Luiz De Aruanda
Associação de Moradores do Pici
Biblioteca Comunitária Okupação
BrutaFlor – Arte e Invenção
Casa Absurda
Espaço Popular de Artes (EPA)
Galpão da Vila
Instituto Fátima Freires
Marlyn Circo
Palácio de Maria Luziara da Conceição
POC – Criação, Produção e Comunicação
Ponto de Cultura Cia. Bate Palmas
Ponto de Cultura LGBTQIA+ Arte de Amar
Salão das Ilusões
Sede do Nóis de Teatro
Sociedade Espiritual de Umbanda Caboclo Índio (SEUCI)
Seven Brothers Circus
Universidade das Artes
Fonte: Governo do estado do Ceara