Sesa e ESP/CE capacitam profissionais para qualificar atendimento da APS a vítimas de violências
Juliana Marques – Ascom ESP-CE – Texto
Deborah Muniz – ESP-CE – Foto
Diego Sombra e Raiane Ferreira – Sesa – Vídeos e Áudio
Projeto educacional contemplou cerca de 65 alunos em Juazeiro do Norte e Fortaleza
Sofrer uma violência física, sexual ou psicológica é sempre desafiador. Independentemente do tipo de agressão, no entanto, tornar a experiência menos traumática à vítima exige acolhimento humanizado e cuidado integral. Para garantir todo esse aparato, são vários os órgãos envolvidos, entre eles os que envolvem a Saúde.
Nesse sentido, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e a Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) têm atuado em uma frente de trabalho específica: a capacitação dos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) assistindo aos pacientes violentados.
Em julho passado, as instituições lançaram o Curso de Cuidado Integral a Pessoas em Situação de Violências. A turma-piloto teve as atividades realizadas em Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, com cerca de 40 alunos. Já neste mês, Fortaleza recebeu o projeto, tendo as aulas aplicadas na sede da autarquia.
Durante o período de aprendizagem, que tem duração de 60 horas, diversas temáticas são abordadas, como as bases conceituais e históricas da violência no setor da saúde; os ciclos de vida e as vulnerabilidades; os marcos legais para a coibição e prevenção das violências; e promoção da cultura de paz.
Os conteúdos convergem com os objetivos da Política Estadual do Cuidado à Pessoa em Situação de Violência, elaborada pela Secretaria Executiva de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Seaps) da Sesa e aprovada no último mês de dezembro.
Segundo a titular da Seaps, Vaudelice Mota, a meta é que esses pacientes recebam, além de assistência física e psicológica, um bom acolhimento.
De acordo com a gerente de Educação Profissional em Saúde da ESP/CE, Vanessa Araújo, o foco também é aperfeiçoar e padronizar as práticas de atendimento, centralizando as demandas em pessoas-chave ou em núcleos específicos dentro da rede de saúde de cada município.
“Queremos que esses pacientes sigam uma linha de acompanhamento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), para que, na apuração, os nossos profissionais saibam como ajudá-los e para onde direcioná-los. No entanto, é necessário criar ou aperfeiçoar o desenho desse fluxo em todas as cidades”, explica.
Ao fim do curso, os alunos elaboraram um fluxograma de atendimento para a rede intersetorial.
Impressões de quem fez
A enfermeira Monisya Oliveira, de Milagres, a 440 quilômetros de Fortaleza, foi uma das integrantes da primeira turma da capacitação, no Cariri. Além de atuar na Residência Integral em Saúde da Família, Comunidade e Vigilância em Saúde do município, ela é articuladora de um programa que tem como missão fortalecer a rede de proteção das vítimas de violência. Por esse motivo, a profissional foi indicada a participar do curso. Ouça mais detalhes no depoimento de Oliveira:
De acordo com a gerente de Educação Profissional em Saúde da ESP/CE, Vanessa Araújo, o foco também é aperfeiçoar e padronizar as práticas de atendimento, centralizando as demandas em pessoas-chave ou em núcleos específicos dentro da rede de saúde de cada município.
“Queremos que esses pacientes sigam uma linha de acompanhamento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), para que, na apuração, os nossos profissionais saibam como ajudá-los e para onde direcioná-los. No entanto, é necessário criar ou aperfeiçoar o desenho desse fluxo em todas as cidades”, explica.
Ao fim do curso, os alunos elaboraram um fluxograma de atendimento para a rede intersetorial.
Impressões de quem fez
A enfermeira Monisya Oliveira, de Milagres, a 440 quilômetros de Fortaleza, foi uma das integrantes da primeira turma da capacitação, no Cariri. Além de atuar na Residência Integral em Saúde da Família, Comunidade e Vigilância em Saúde do município, ela é articuladora de um programa que tem como missão fortalecer a rede de proteção das vítimas de violência. Por esse motivo, a profissional foi indicada a participar do curso. Ouça mais detalhes no depoimento de Oliveira:
Fonte: Governo do estado do ceara