Paratletas lotam ginásio Aécio de Borba durante a realização do Festival Esporte sem Limites
Ao todo, 360 amadores e profissionais são atendidos pelo projeto, divididos em oito modalidades paradesportivas
Foto: Foto: Alex Costa
Texto: Divulgação
A Prefeitura de Fortaleza promoveu, nesta quinta-feira (4/05), o Festival Esportes Sem Limites, para comemorar um ano do projeto de inclusão social. A ação, realizada no ginásio Aécio de Borba, contou com a participação de centenas de paratletas que demonstraram suas habilidades e capacidades em diferentes modalidades esportivas. Élcio Batista, vice-prefeito de Fortaleza, celebrou a realização do evento e destacou que Fortaleza é pioneira no incentivo do esporte para pessoas portadoras de deficiência.
“Nossas políticas públicas cada vez mais buscam a equidade e inclusão. Não podemos deixar ninguém para trás, e o Esporte sem Limites surge exatamente para que as pessoas possam, através do esporte, conquistar melhor qualidade de vida e integração com outras pessoas. É um ano de muito aprendizado e, nosso objetivo, é fazer com que o programa seja aperfeiçoado. É uma política inovadora, sem par com outros municípios no Brasil”, defendeu Élcio.
O projeto Esporte sem Limites, lançado em março de 2022, atende 360 paratletas com idade a partir de seis anos. O objetivo é promover a socialização por meio do esporte, onde as pessoas com deficiência poderão desenvolver suas potencialidades e exercício da cidadania. Além disso, o Esporte sem Limites tem como intuito integrar o indivíduo de com a sociedade, permitindo que ele supere barreiras sociais, físicas, psíquicas e/ou afetivas para melhora da autoconfiança através do paradesporto.
“É um projeto inovador, tem transformado a vida de muitas crianças e jovens em Fortaleza. É um fator importante de socialização, pois, muitas vezes essas pessoas vivam em casa, com depressão, e agora elas podem ser integradas, formar comunidades, descobrir talentos e, até mesmo, representar nossa cidade em competições esportivas”, comentou Osiris Pontes, secretário municipal de esportes (Secel).
O paratleta Cristiano Santos já praticava jiu-jitsu e, por meio do programa, descobriu na corrida de rua uma nova paixão esportiva. “Tem sido bom demais. Além de aprender um novo esporte, as pessoas percebem que não há limites para nós. E o importante é isso, seguir em frente e vender, conquistar nossos objetivos”.
Emerson Damasceno, titular da Coordenadoria Especial da Pessoa com Deficiência (Copedef), também celebrou a realização do festival Esporte Sem Limites. “Esse é um projeto muito exitoso, não apenas para as pessoas com deficiência, mas também para os familiares e amigos dessas pessoas. É uma alegria testemunhar este sucesso, principalmente para mim, que também sou paratleta. A Prefeitura deve ser assim, uma ponte para diminuirmos as desigualdades sociais, sobretudo para populações mais vulneráveis, como as atendidas pelo projeto”.
Conhecendo as modalidades
Bocha paralímpica – é similar à bocha convencional, ou seja, o jogador tem como objetivo encostar o maior número de bolas na bola-alvo. O jogo consiste em um conjunto de seis bolas azuis, seis bolas vermelhas e uma bola branca (bola-alvo).
Futsal DA (Deficiência Auditiva) – tem as mesmas regras praticadas no futsal convencional. A principal diferença é que as faltas são assinaladas por meio de sinais visuais (bandeiras).
Futsal DI (Deficiência Intelectual) – possui as mesmas regras praticadas no futsal convencional.
Goalball – diferente de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. É um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva.
Parabadminton – é um esporte jogado com raquete e peteca que, em seu formato paralímpico, é praticado por atletas com deficiência física e intelectual.
Paranatação – é um esporte que trabalha e estimula todas as partes do corpo, desde os músculos até os sistemas cardiovasculares e respiratórios. Por esse motivo, é uma excelente atividade física para deficientes.
Paratletismo – a iniciação esportiva no atletismo adaptado tem como objetivo levar a criança ao aprendizado de técnicas motoras básicas, pertinentes à modalidade esportiva, sendo que as atividades são as mesmas desenvolvidas nas aulas regulares, assim, é necessária a atenção às adaptações condizentes à necessidade específica de cada deficiência.
Xadrez adaptado – um esporte que também é considerado uma arte e uma ciência. Pode ser classificado como um jogo de tabuleiro de natureza recreativa ou competitiva para dois jogadores. No xadrez adaptado, as peças encaixam em furos feitos no tabuleiro. Para distinguir as peças brancas das pretas, é feito um relevo nas peças brancas. O tabuleiro de madeira tem um espaço para a colocação das peças ainda não utilizadas no jogo.
Fonte da Matéria:https://www.fortaleza.ce.gov.br